No dia 03 de agosto nos reunimos na Autoria Casa de Cultura para celebrar a 3ª edição do livro “Maressa e os biscoitos da alegria”. Nesse encontro realizamos um bate-papo com as profissionais que participaram das medidas de acessibilidade do livro. As medidas de acessibilidade (em Libras e Áudiodescrição) estão presentes no livro desde a 2ª edição. Foram contempladas pelo Programa Cultural Murilo Mendes 2023.
Raíssa Guiseline é professora e Intérprete de Libras.
Durante sua fala, Raíssa ressaltou a importância da Lei 10.436, de 24 de abril de 2022. Essa Lei institui a Libras como a primeira língua da comunidade surda no Brasil. Desta forma, promove a valorização e o respeito pela cultura surda e suas formas de comunicação. Outro benefício é que a Lei assegura que os serviços públicos devem ser acessíveis às pessoas surdas, o que inclui a presença de intérpretes de Libras em atendimentos e serviços essenciais. Também estabelece o direito das pessoas surdas de receber informações e participar de eventos em Libras, o que ajuda a garantir que tenham plena participação na sociedade e em atividades de interesse público.
Raíssa ensinou para o público presente o sinal da Maressa em Libras. Nessa ocasião, explicou que o sinal de uma pessoa em Libras leva em conta as características pessoais e visuais e que esse sinal é sempre dado para alguém por uma pessoa surda. No caso de Maressa, a pessoa que deu o sinal para a personagem, observou a principal característica da personagem que foi o seu cabelo anelado.
Rita e Maraísa fazem parte da empresa “AD imagens em palavras”.
Durante o bate papo elas nos explicaram que a audiodescrição não é somente a leitura de uma história. A principal função desse serviço é traduzir a imagem em palavras. A pessoa com deficiência visual precisa saber como é a imagem, o que tem na imagem, e, para isso, o profissional de audiodescrição descreve a imagem, traduz a imagem. Essa medida de acessibilidade pode ser feita com livros ilustrados, apresentações de teatro, dança, filmes. A equipe “AD imagens em palavras” é formada por roteiristas, narradores e um consultor. O consultor de audiodescrição deve ser uma pessoa cega. A história é narrada primeiro para essa pessoa, para que ela consiga entender a imagem e o seu contexto.
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