domingo, 19 de janeiro de 2025

O direito das crianças - Rute Rocha

Nesses últimos dias de férias, tirei um tempo para ler e assistir conteúdos sobre literatura infantil. Gosto de ler sobre esse assunto, gosto de trabalhar textos literários com as crianças e me encantar com os comentários que elas fazem sobre as histórias. Gosto de pesquisar sobre este assunto também por causa do meu processo de escrita de livros infantis.

Conheci um conteúdo que gostei muito e escolhi-o para compartilhar aqui.

A TV Brasil produziu uma série de sete vídeos com crianças declamando poesias. Foram escolhidas 10 crianças de escolas públicas para essa série.

Assisti com calma, sem colocar o vídeo na velocidade acelerada (rs). E fiquei maravilhada com as poesias, com as crianças declamando e com aquilo que as poesias provocaram em mim.

Uma das poesias é “O direito das crianças”, de Ruth Rocha.

Em uma das estrofes dessa poesia, a autora diz que é direito das crianças:

“Ver uma estrela cadente,
filme que tenha robô,
ganhar um lindo presente,
ouvir histórias do avô”.

Ah, meu coração ficou quentinho.

Ler novamente Ruth Rocha e esse poema, exatamente no mês seguinte ao lançamento do meu segundo livro infantil “O avô – histórias e memórias” deixou meu coração quentinho.

Assista ao vídeo com as crianças recitando a poesia.



Guarde com você a estrofe que provocar um quentinho no seu coração.

O direito das crianças - Ruth Rocha


Toda criança no mundo
deve ser bem protegida
contra os rigores do tempo
contra os rigores da vida.

Criança tem que ter nome
criança tem que ter lar
ter saúde e não ter fome
ter segurança e estudar.

Não é questão de querer
nem questão de concordar
os diretos das crianças
todos tem de respeitar.

Tem direito à atenção
direito de não ter medos
direito a livros e a pão
direito de ter brinquedos.

Mas criança também tem
o direito de sorrir.
Correr na beira do mar,
ter lápis de colorir…

Ver uma estrela cadente,
filme que tenha robô,
ganhar um lindo presente,
ouvir histórias do avô.

Descer do escorregador,
fazer bolha de sabão,
sorvete, se faz calor,
brincar de adivinhação.

Morango com chantilly,
ver mágico de cartola,
o canto do bem-te-vi,
bola, bola, bola, bola!

Lamber fundo da panela
ser tratada com afeição
ser alegre e tagarela
poder também dizer não!

Carrinho, jogos, bonecas,
montar um jogo de armar,
amarelinha, petecas,
e uma corda de pular.


sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Medalha Pedro Nava



























Medalha Pedro Nava

Benício quis pegar a medalha.
Ele sabe que a medalha é nossa.
Ninguém faz um caminho de sucesso sozinho. 

É preciso pensar no coletivo, na importância de cada pessoa no caminho de nossa vida.

Ubuntu. Eu sou porque nós somos.

Eu não teria recebido essa medalha se meus familiares e amigos não tivessem apoiado o financiamento coletivo para a publicação da primeira edição de “Maressa e os biscoitos da alegria”, em 2022. Gratidão por terem apoiado e confiado no meu trabalho.





 

Centro Educacional Semear

A Ana Paula é uma querida!

Estudamos juntas o Curso de Pedagogia. 

Levar Maressa para o Centro Educacional Semear foi um momento de muita alegria e gratidão. 

 










Clínica Singular

Registro desse dia lindo na clínica @singular.aba .

O presente do dia das crianças para os assistidos da clínica foi a presença da Maressa, de sua delicadeza e alegria. Cada criança também ganhou um livro e um cortador de biscoitos.

O sorriso, o olhar atento e a alegria das crianças foram um presente pra mim.

Gratidão à @danimagalhaes.inclusao e aos outros profissionais da clínica que também se envolveram com essa história.





 

Recebimento da Medalha Pedro Nava




Primeiramente gostaria de agradecer a indicação para o recebimento da medalha Pedro Nava, pela Secretaria de Educação de Juiz de Fora. 

Foi uma surpresa. Aquele tipo de surpresa que gosto de associar com a palavra serendipidade (coisas boas que acontecem de forma inesperada). 

Após receber a mensagem que anunciava essa indicação fiquei alguns dias pensando no valor do meu trabalho de leitura, literatura e preservação da memória, junto às crianças das diversas escolas que visitei em 2023 e 2024. Fiquei feliz comigo mesma.

❤️ Em segundo lugar, o dia de hoje foi um dia cheio de memórias e de saudade. Lembrei-me de pessoas que ficariam felizes em celebrar este momento comigo, mas não estão mais entre nós, como por exemplo, meu avô Geraldo, meu pai, minha avó Anita, meus tios...

As nossas memórias projetam emoções, sentimentos, 

O meu avô estaria muito orgulhoso. Teria oferecido de passar a roupa que escolhi para usar na cerimônia. Cuidar das roupas das pessoas era uma das coisas que ele fazia com excelência. Teria colocado a roupa no cabide e orientado como carregar até a hora de vestir, sem amassar. Também teria contado pra os vizinhos da rua e para os conhecidos do bairro, da padaria, do mercado e do ônibus, que a neta seria homenageada na

Câmara Municipal. O meu avô Geraldo era desse jeitinho.

Meu pai, com seu jeito mais tímido, teria mostrado no olhar e em poucas palavras a sua alegria e sua satisfação com o caminho da filha primogênita. Talvez teria usado o sapato ou tênis que ele tinha para as "ocasiões especiais". No cotidiano, o calçado que ele usava era sempre um chinelo havaiana azul. E, quando dizíamos que ele deveria usar um calçado mais social ele dizia que o valor de uma pessoa não está naquilo que ela veste ou calça. O amor do meu pai, muitas vezes, não era demonstrado com palavras e sim com o cuidado e a proteção em cada dia.

No dia de hoje, sou grata a Deus, à minha família, aos meus ancestrais, às pessoas que fizeram parte da "aldeia" responsável pelo meu desenvolvimento e educação.

🔹Eu mesma passei o meu macacão, lembrando do vô e de como ele passava e cuidava das roupas.

🔹”É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança”.








Lançamento do livro "O avô - histórias e memórias"

Que alegria compartilhar um momento tão especial com vocês! No dia 14 de dezembro de 2024, lancei o livro "O avô, histórias e memórias" na Livraria Cadori. Foi uma tarde repleta de emoções, boas conversas e muitos autógrafos!


Este livro é fruto da Lei Paulo Gustavo, edital Multicultural, da cidade de Juiz de Fora. 


 

Durante o evento, tive a oportunidade de dialogar sobre as vivências que inspiraram a escrita deste livro.  

Gratidão imensa a todos que estiveram presentes e fizeram desse momento algo inesquecível.